quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Livro: A Alma Imoral


Livro: A Alma Imoral

Autor: Nilton Bonder

Umamis: 9

“Há um olhar que desnuda e que reconhece que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade. Esse é o olhar da alma.”

Eu adorei esse livro. Li no mês passado e ainda me pego voltando para ler as partes que mais me impactaram.

O livro aborda vários conceitos ligados ao íntimo do ser humano.

O primeiro deles é sobre o papel da reprodução no comportamento humano. Nilton propõe que a principal missão do ser humano é procriar e que essa missão termina influenciando direta ou indiretamente a maioria dos comportamentos humanos. Também discute as diferenças de caráter qualitativo e quantitativo que a procriação tem para o sexo masculino e feminino. É quando estamos executando as nossas mais profundas ordens.

Como ponto principal, Nilton discute o equilíbrio instável (quase um conflito) entre: Tradição (moral, corpo) vs. Traição (Alma). Aqui, Nilton argumenta que a moral (tradição) foi criada pela humanidade para permitir uma competição “menos selvagem”. Porém, apesar dos benefícios da tradição, ela também se torna perigosa por acatar o status quo e não promover o desafio da quebra de paradigmas e como conseqüência a evolução. É ai que a tradição precisa ser traída trazendo progresso e uma nova tradição deve emergir desse novo estado. Pergunta-se: o que é melhor a traição ou a fidelidade mentirosa que alimenta a estagnação da alma?

O livro também trata de Longos caminhos curtos vs. Curtos caminhos longos. Quantas vezes não necessitamos entrar por longos caminhos para entender coisas simples que se tentamos concluir através de caminhos curtos, resultam frágeis e superficiais uma vez que carecem de vivência.

Enfim, achei um livraço. Sei que existe uma peça de teatro em São Paulo, que apesar de não ter visto dificilmente pode ser ruim.

A Alma Imoral só não leva 10 umamis porque na minha opinião intercala conceitos brilhantes com capítulos de conotação demasiadamente religiosa, principalmente na direção da vitimização do povo Judeu.

Mas isso, não deve ser um impeditivo para que se “scaneie” rapidamente por esse capítulos para desfrutar os conceitos tão profundo e verdadeiros abordados nessa leitura.

A pergunta não respondida: Quando manter tradição e quando trair? A resposta encontra-se em algum lugar no fundo de nossas almas...

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