segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Itália: Trilhando o menos obvio...

Acabei de regressar da minha terceira viagem à Itália, mas a primeira em verdadeiro slow motion, perambulando pela “bota” por duas semanas e meia (o que também explica a completa estiagem de novos posts no +Umami).

Já é mais do que manjado, que a Itália abunda de paisagens espetaculares, gastronomia mediterrânea, estilo de vida europeu, história, clima agradável, pessoas bonitas, bla bla bla.... Mas o que faz dá Itália um lugar de Umami mesmo são nada menos do que “os próprios italianos”. Meus amigos sabem que nas minhas viagens coloco um peso desproporcional ao fator pessoas (já podem imaginar o que acontece na minha cartilha com Alemanha, Paris e Índia ...). O italiano é um bicho “bon vivant” que desfruta da vida, ri, canta, conversa, gesticula, fala alto, come bem, bebe vinho e acima de tudo não transparece um ar artificial, mecânico ou arrogante.

Assim, os 3 elementos maiores para descrever o que faz da Itália um lugar especial são o balanceamento perfeito de: estilo de vida europeu + gastronomia mediterrânea + “latinidade” do italiano (ou seja pessoas).

Tenho pensado um novo blog (mais técnico) focado em dicas “não-obvias” sobre países e cidades que visitei incluindo um ranking de lugares para visitar (com mais foco em “uniqueness”, gastronomia e pessoas, e menos em igrejas, compras e poluição turística). Um dia quando der vontade ponho no ar. Por enquanto faço um resuminho aqui no +Umami.

POSITANO: DIFÍCIL DE ENTENDER

Restaurantes turísticos com comida medíocre, infectado de americanos super awesome (é tão fácil vender sonho para americano que estão todas as divorciadas buscando o Marcello do “Under the Toscan Sun”), praia minúscula e de areia escura, preços nas alturas, hotéis velhos e cidade-penhasco difícil de caminhar. Tudo para ser um desastre! Mas não; Positano tem Umami. A vista de Positano é hipnótica e de efeito duradouro. Fica tatuada na mente. Quem já viajou comigo sabe que a agenda normalmente é pesada e requer endurance, mas Positano me freou e me encheu de paz. Matei vários passeios planejados para ficar apenas sentado na varanda do hotel lendo, escutando o mar, e levantando os olhos para ficar chocado com a imagem diante de mim.

Para ajudar (e muito) a driblar a mediocridade dos restaurantes turísticos (ex: Café Positano), Positano tem um restaurante maravilhoso: o Next2. Eu sei, eu sei..., o nome é muito infeliz; eu também quase não fui com um nome desses. Mas não se deixe abater pelo nome. Apesar de gostar muito das duas versões de comida italiana (cantina e contemporânea), sou um grande fã da contemporânea a la Gero. E o Next2, apesar de não ser um Gero, poderia tranquilamente ter uma estrelinha Michelin e ainda com um valor honesto. Com uma gastronomia simples mas meticulosa e ingredientes delicados, cultivados na horta familiar dos donos, o Next2 surpreende pela qualidade da comida e pela sua apresentação. Além disso, a massa vem “queimando” e ainda al dente; para mim a temperatura da massa é fundamental e queimando é o mais frio aceitável. O calamari fritti do restaurante Mediterrâneo (ao lado) também é bastante saboroso. De resto um mar de mediocridade. Recomendaram-me o Conca Del Sogno, Quattro Passi e Relais Blu que ficavam fora de Positano e necessitavam carro, mas eu não tinha a menor vontade de me movimentar muito.

BEM IMPORTANTE: A vista (leia-se: o hotel) é a chave em Positano. Não só o hotel, mas o quarto especificamente. Tem muito hotel sem vista, ou hotel bom com alguns quartos com vista e outros sem. Cuidado com os reviews de hotéis porque o quarto é a chave. Eu fiquei no Miramare e gostei bastante (quartos 205 ou 206). Andando por Positano, encontrei outras opções que parecem muito boas como o Marincanto (com infinity pool) e La Sirene. Cuidado com o #1 e #2 do Tripadvisor. O Palazzo Murat tem um jardim com restaurante muito agradável, está bem localizado na rua das lojinhas, mas peca na vista. O Bucca di Bacco tem o benefício de estar ao pé da praia mas também perde em vista. Prefiro os que estão um pouco mais afastados nas laterais mas com o foco em vista.

CINQUE TERRE: MIXED FEELINGS

Fiquei com mixed feelings sobre Cinque Terre.

Cinque Terre são cinco vilarejos de pescadores situados na Ligúria ao noroeste da Itália.

É certo, que na sua essência, Cinque Terre é charmoso. Os vilarejos são lindíssimos. Uma “Costinha” Amalfitana mais tropical. Há 10 anos atrás, antes de aumentar em popularidade no radar turístico, deveria guardar seu charme rústico. E até hoje é visualmente muito bonito e rústico.

No entanto, hoje em dia caiu no radar turístico e ... (já sabe)

Com isso, acho que Cinque Terre não fica nem lá nem cá. Por um lado não é um lugar genuinamente rústico e preservado do turismo, por outro, não apresenta os benefícios indiretos que o turismo traria na parte de conforto, gastronomia e hospedagem.

Resultado: Você sai com o “pior” dos dois mundos: difícil acesso, falta de infra-estrutura, mosquitos, gastronomia sem graça com preços altos, e poluição turística.

Sobre hospedagem 3 filosofias:

- Foco em infra-estrutura em detrimento de charme: La Spezia

- Foco no rústico sacrificando conforto: Vernazza ou Corniglia

- Meio-a-meio (mas sem espírito): Monterosso Al Mare

Fiquei em um “hotel” (mais bem uma mistura de casa, castelo e favela) em Vernazza chamado Marina Rooms. Bem simples, bem caro, sem ar condicionado, mas com uma terraça de pedra na beira do penhasco com o mar chocando nas pedras abaixo. Gostei com moderação...

Em resumo: valeu a visita. Nos momentos de maior isolamento (como passear a noite e o giro de barco pelas 5 cidades) dá para sacar o charme de Cinque Terre. Faria novamente: Sim. Retornaria? Não sei.

ROMA: MELHOR NA SEGUNDA VEZ

Gostei bem mais na segunda visita do que na primeira. Não vou “empilhar” palavras sobre Coliseu, Vaticano e outras obviedades. O que eu gostei mesmo foi da noite de Roma. Tive mais tempo de me jogar com calma pelas ruazinhas do Trastevere, e pela região que rodeia Piazza Navona e Campo di Fiori. Repleto de restaurantes e mesinhas ao ar livre, o ambiente é autêntico e descontraído. Com bons restaurantes, a grande recomendação foi dada por um amigo do Kuwait e se chama L’osteria De Memmo. Numa ruela minúscula próxima a Piazza Navona, com preço honesto, e comida fresca e excelente, o grande personagem é o fofucho Memmo. Um gordinho simpático, suado e sorridente, que gosta de comandar as mesas trazendo uma infinidade de entradas saborosíssimas como polvo, polpetone, muzzarela de búfala, prosciutto, fagioli, ... enfim uma orgia gastronômica, e é preciso cuidado: não cometa o erro de ficar sem “espaço” já nas entradas. Os pratos são ótimos. Foco em massa e mar. O Le Mani in Pasta no Trastevere também é muito bom.

Abaixo, mais algumas rapidinhas, que claro excluem o obvio “must to see” que os guias e o Google já cobrem mais que suficientemente.

DESTAQUES POSITIVOS:

Positano, Costa Amalfitana e Next 2: Comentado acima.

Roma (noite e restaurantes): Comentado acima.

Civita di Bagnoregio: Um bom-bom de cidade. Uma cidade medieval “morta” com 30 habitantes, perfeita para cenário de filme. Fica a minutos de Orvieto e a combinação das duas para um day-trip é uma excelente idéia.

Pompéia: Depois de ver tantas ruínas, tinha certeza que não iria gostar de mais nenhuma. Afinal de contas, anfiteatro, colunas dóricas, templos, fórum, mosaicos..., viu 3 viu todos. Mas Pompéia não é um sitio de ruínas normal. . Pensei que iria ficar 2-3 horas e acabei ficando 7. E o que Pompéia tem de diferente?

a) a) Real: em Pompéia você não precisa fazer malabarismos de esquizofrenia para tentar imaginar cidades e templos a partir de “cotocos”...A cidade esta lá e é enorme. Dá para sentir como era a vida a 2000 anos atrás.

b) Mosaicos: os mosaicos de Pompéia são alucinantes e as cores vívidas são difíceis de acreditar que sobreviveram ao tempo.

c) Plaster Casts: são os corpos de pessoas que foram surpreendidas com a erupção do Vesúvio a 2000 anos atrás. É muito impactante. Algumas parecem guardar eternamente a expressão de angústia.

Sobre o Vesúvio dá para ver de Pompéia. Não acho que vale a pena visitar o topo se estiver apertado de tempo (como diz um amigo: vulcão fora de erupção não passa de uma montanha famosa!)

Galleria Borghese: Que surpresa boa! Sei que é um pouco polêmico, mas gostei mais da Galeria Borghese do que o museu do Vaticano e da Galeria Uffizi. Com menos obras, menos turistas, muito bem organizada e mais acolhedora, possui três obras absolutamente espetaculares de Bernini: “David”, “Rape of Proserpine” e a incrível “Apollo and Daphne”. Além de estar situada na agradável Villa Borghese, excelente para “descompressurizar”...

Florença (Hotel Continentale e restaurantes): A verdade é que ao contrário de Roma, gostei bem mais de Florença na primeira visita do que na segunda. Essa vez achei muito turística e muito pequena. Mas Firenze é Firenze e é obrigatória pela história, arte e pela cidade. A surpresa dessa segunda vez ficou mesmo na recomendação de restaurantes que um amigo que morou lá me passou (3 dos melhores restaurantes das 3 viagens que fiz). São eles:

a) Osteria di Benci: A bisteca Fiorentina daqui é excelente. E olha que é difícil me surpreender na categoria carnes. Obrigatório.

b) Borgo Antico: Na Piazza di Santo Spirito, simplesmente o melhor “linguini al vongole” da minha vida.

c) Ristorante del Fagioli: Com ambiente de cantina mais autêntico, repleto de locais, e com uma bisteca Fiorentina quase tão excelente quanto da Osteria di Benci, o acampanhamento do Fagioli (feijão branco) fazem desse restaurante um lugar obrigatório.

Hotel: Adorei o hotel-butique chamado Continentale. Está ao pé da Ponte Vecchio. Na frente tem o Gallery Hotel Art que é do mesmo dono e é outra ótima opção.

San Gimigniano: Ainda que bastante turística, San Gigminiano é a cidade medieval mais legal que já visitei (na minha opininao bem mais legal que Siena). Realmente faz jus ao barato apelido de Manhattan Medieval. Não deixe de comprar (muito) prosciutto, queijo Pecorino, Salame trufado e “charcuteria” em geral no La Buca com o atencioso Maurito. O restaurante “Le Vecchie Mura” tem uma vista linda e um “gnocchi tartufo e formagio” muito bom.

DESTAQUES NEGATIVOS

Nápoles: Uma mistura de Bexiga, com José Paulino e Largo da Batata.

Sujo, caótico, e pobre. As pessoas carregam um semblante sofrido no rosto.
OK, acho que pode ser até interessante para quem morar e descobrir o circuito “mais in”, porém para visitar definitivamente questionável e primeiro da lista a ser cortado se a agenda estiver apertada. A única menção honrosa ficou mesmo para um pato dormindo “nos braços” de um cachorro no meio da rua...


Capri: Pagação. Apesar das belezas naturais que certamente são as responsáveis pela eventual fama da ilha (e realmente é bonita), Gucci, Chanel, Tiffany realmente “brocharam” Capri para mim. Essa misturinha de marcas luxuosas e natureza não funciona comigo e mais bem me dá bastante asco. Porém para quem gosta é prato cheio.

L’Olive: Único restaurante com estrela Michelin (tem duas) de Capri, é o pior restaurante com estrelas Michelin que já fui. Servem uma espécie de carne de lagarto sem sabor como as de festa de aniversário infantil. Apesar de apreciar bastante a “gastronomia experimental” a la “El Bulli”, as combinações exóticas que tentam fazer no L’Olive parecem mais uma aula de laboratório de química descuidada do que gastronomia. A freqüência então é assombrosa. Patético.

Portofino: Plástico. Fala sério, tanto zum zum zum para um lugar com prédios com paredes pintadas simulando pedras?!?!? O que que é isso?!?! Disneylândia italiana? E as hordas de anciãos saindo dos barcos que chegam de Santa Margherita que mais parece um Montevidéu?. Além de tudo, tem o mesmo problema de “Porto+Marcas” que Capri mas sem a mesma beleza natural. Pode até fazer sentido para quem chega de Iate de uma das mansões das cidades vizinhas, para almoçar com os amigos e comprar algo. Mas para visitar, absoluta perda de tempo. O pior lugar visitado das 3 viagens.

Galeria Uffizi: Um “sacro”! Eu tinha a expectativa bastante alta e apesar das realmente incríveis obras de Botticelli (O Nascimento de Venus e Primavera) quem me conhece sabe que igreja e santinho me dão sono. Vamos combinar, é muito santinho hein?. Santo do século XIV, do século XV, XVI, santo na madeira, santo preto-e-branco, tem santo para todos os gostos e sabores. Tem até aqueles santos um pouco assombrados que o Caravaggio gosta de pintar na escuridão e que de tão escuro quase não da para ver. Enfim, achei bagunçada e chata.

“Catacombes de Saint Calisto” em Roma: Achei que tinha ficado faltando na minha primeira visita à Roma e resolvi incluir dessa vez. Longe e desinteressante. Nada a ver com a cheia de personalidade e muito mais interessante “Catacombs de Paris”

Pisa: “Era uma vez uma torre branca e inclinada que todo mundo pára pra tirar foto de caminho a algum outro lugar próximo mais interessante ...” Se for passar, calcule uns 10 minutos de investimento de tempo...

NEUTRO

Cinque Terre: Talvez merecesse estar no positivo, mas fiquei com mixed feelings. Talvez dei azar. Comentado acima.

Orvieto: Bacana mas não obrigatório. Interessante mesmo foi ficar em um hotel eclesiástico B&B (ou auto intitulado “casa religiosa di ospitalita”) chamado Villa Mercede. O responsável é o padre Antonino que faz as vezes de recepcionista e reservas e concierge. Faz questão de dizer que não vai alterar os horários de seu dia a dia (como siesta e dormir cedo) por causa do maledeto hotel. Todo um personagem.

Veneza: Quase um destaque negativo, Veneza não me causa tic-tac. É como se fosse um Campos de Jordão com aguinha, em 1 minuto acabou a cidade. Com, muita poluição turística, Veneza é mais um tick-in-the-box.

Siena: Bem bacana mas também nada do outro mundo. Para quem passa por Florença, é um bom day-trip principalmente se combinado em 2 dias com San Gimignano.

Lucca: Charmosinho. Bem charmosinho. Fiquei pouco tempo de passagem para Cinque Terre mas vi potencial. Queria ter ficado um pouco mais. O restaurante Buca de Sant’Antonio é bastante bom.

FICOU FALTANDO...

Agriturismo na Toscana: Tem potencial para viagem de lua-de-mel. De caminho a San Gimigniano, vi várias pontos de agriturismo com paisagens paradisíacas. Vou querer voltar um dia para ficar 1 semana só por ali.

Sicilia e mais sul, Assis, Milão, San Marino, Sardenha, Ischia, Córsega e outras ilhas e certamente outras mais...

BUT THERE IS ONE MORE THING...

Como diria Steve Jobs: There is one more thing...

A combinação iPhone/iPad modificou estruturalmente minha maneira de viajar. Acho que até vou fazer um post futuro sobre isso mas aqui vão os 4 principais impactos:

Car GPS Tom-Tom: Economia de 200 euros evitando aluguel de GPS para o carro. Mas mais importante, GPS na tela de 9.7 polegadas com as ruas e estradas atualizadas a cada update não tem preço. A prova de bala, funcionou até nos caminhozinhos mais inóspitos.

Bye-bye Lonely Planet de papel: Não precisar carregar o “monstro” do Lonely Planet (nem tirar xerox das partes desejadas) e poder usar o search para ir direto ao que se busca é no mínimo inteligente. Melhor ainda, está no ipad e no iphone sincronizados simultaneamente, ou seja todo o tempo com você.

Mapas locais: Baixar apps com mapas locais de cidades como Roma e Florença e ter todos os pontos de interesse sem precisar de internet é muito legal. Assim, ao invés de levar o mapa do hotel, que precisa abrir e ficar olhando o nome das ruas, você vai caminhando descuidadamente e só vai monitorando se o seu pontinho no mapa (vermelho) está cada vez mais perto do ponto de interesse target (azul).

Áudio e Vídeo Guides: a visita à Pompéia com o Vídeo Guide de Pompéia no iPad foi muito legal. A oportunidade de parar em frente as ruínas e assistir a um vídeo com a reconstrução do local e narrando os principais fatos históricos não tem preço. Com certeza vou focar em áudio e video-guides para iphone e ipad nas próximas viagens.

Enfim, foi demais. Ficou difícil entrar no avião de volta ao Kuwait (até porque ganhei quase 8kgs....)




3 comentários:

  1. Ro, adorei este post! Embora ache que às vezes você é muito rigoroso com as pequenas mediocridades alheias...rsrs. Sabe o que eu acho que é mais legal na Itália (tudo a ver com o que vc concluiu)? É a mesma zona do Brasil, a mesma exploração de turistas, só que com cultura, com muito mais História e muuuuito mais charme...e deu um pouco mais certo que a gente....
    Não conheço Nápoles mas acabei de ver um filme que retrata a região e parece esses filmes brasileiros sobre pobreza e favela: Gomorra. Eca! Juntando com as suas conclusões, tá difícil de ir pra minha listinha!
    Vc é mesmo rigoroso, mas tenho que concordar que se a coisa ficou ruim com Sob o Sol da Toscana, imagina agora depois de Comer, Rezar e Amar (na lista dos livros mais babacas que já li...)!
    Não sei se precisa de um blog mais "técnico". Adoro este...mas sabe o que vc poderia fazer? inserir os links das dicas.
    E, duvidoooooo que vc ganhou 8 kgs...kkkk
    beijão

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  2. Ah! Vou fazer um link no meu blog pra este seu post tá?
    E tb esqueci de dizer que só vc é que gostou das catacombs parisienses. Argh!

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  3. É Vavá, rigorosidade é meu bem e meu mal... (mas já me acostumei com ela)
    Na verdade o turismo artificial é a única coisa que me incomoda na Itália e realmente só vai piorar com Eat, Pray and Love.
    E acredite: 8Kgs pra dentro sim senhora. Mãssss, a operação ajuste já começou e tudo terminará bem :-)
    Beijokas

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